Fisioterapia

orientações para o paciente


O tratamento fisioterápico é uma etapa muito importante na recuperação dos problemas do ombro, tanto nos casos onde o tratamento cirúrgico não é indicado como no pós-operatório. A reabilitação deve ser sempre acompanhada por um profissional da área, e as informações contidas neste site tem o objetivo de fornecer conceitos gerais e auxiliar nos exercícios a serem feitos em casa.


A fisioterapia tem três tipos diferentes de abordagens, com indicações distintas, dependendo da doença apresentada e da fase em que ela se encontra. Além disso, cada tipo de cirurgia pode apresentar um protocolo de reabilitação diferente. Os três tipos de abordagem fisioterápica são a analgesia (alívio da dor), alongamento (ganho de movimento) e fortalecimento muscular.


Dependendo da situação, outros exercícios podem ser realizados, desde que liberados pelo médico e sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta.

Analgesia

São diversas as modalidades que visam diminuir a dor e controlar o processo inflamatório (ultrassom, TENS, infra-vermelho, gelo, calor,...). A analgesia é empregada nas fases inicias da reabilitação, quando a dor é muito intensa para permitir o alongamento e fortalecimento de maneira adequada, ou nos minutos iniciais de uma sessão, para permitir a movimentação da articulação com mais conforto. As formas mais simples de reproduzir essas medidas em casa são com as aplicações de frio (nos processos agudos, com poucos dias de duração) e calor (nos processos crônicos). As aplicações podem ser feitas de 3 a 5 vezes ao dia, por um tempo que varie de 15 a 30 minutos.

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Alongamento

Para um ombro saudável e indolor é necessário um bom arco de movimento. Os exercícios de alongamento são divididos em ativos e passivos. Ativos são aqueles nos quais o próprio paciente realiza os exercícios, enquanto passivos quando o fisioterapeuta faz as manipulações. Os exercícios passivos costumam ser realizados numa fase mais precoce da reabilitação. Com o passar do tempo, passam a ser liberados os movimentos ativos. São necessários exercícios que trabalhem com todos os movimentos do ombro. Na figura abaixo podem ser observados 5 exercícios que podem ser realizados para o ganho de movimento: pendulares, elevação, abdução, rotação externa e rotação interna. Esses exercícios podem ser realizados 2 vezes por dia (manhã e noite), 10 repetições cada, mantendo o ombro no alongamento máximo possível por 10 segundos.

Um desenho em preto e branco de uma pessoa fazendo exercícios diferentes
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Fortalecimento

Os exercícios de fortalecimento devem ser iniciados apenas após o arco de movimento estar próximo do normal. Fazer fortalecimento sem um alongamento adequado pode piorar os sintomas e agravar os problemas do ombro. Os cinco exercícios básicos abordam o manguito rotador (rotação interna e externa) e o músculo deltoide (abdução, extensão e flexão). Eles podem ser realizados em casa, utilizando um elástico ou theraband. Os exercícios devem ser realizados em 3 a 4 séries de 10 a 20 repetições cada, de 1 a 2 vezes ao dia.


Dependendo da situação, outros exercícios podem ser realizados, desde que liberados pelo médico e sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta.

Um desenho em preto e branco de uma mulher em diferentes poses.
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Médico ortopedista especialista em Ombro e Cotovelo


Dr. Eduardo Malavolta

CRM-SP: 104.081 | TEOT: 10.138

Sou o Dr. Eduardo Malavolta, especialista em Ombro e Cotovelo, e posso lhe ajudar no tratamento e prevenção de problemas nessas articulações. Como Chefe do Grupo de Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IOT-HCFMUSP) e Professor Livre-docente da FMUSP, atuo no ensino de alunos de Medicina, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, de residentes de Ortopedia e estagiários de Ombro e Cotovelo. Na pesquisa, tenho mais de 80 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais e sou orientador de teses de mestrado e doutorado. Na assistência médica, realizo consultas e cirurgias, com ampla experiência na área. Além disso, como membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), atuo para melhorar a formação de estagiários de Ombro e Cotovelo por todo o Brasil, além de organizar cursos e congressos para a atualização científica dos membros associados. Bem-vindo ao meu site, onde você encontrará informações sobre meus serviços e meu compromisso com o bem-estar dos pacientes. Estou aqui para lhe ajudar no cuidado com o Ombro e Cotovelo.

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Por Eduardo Malavolta 15 de agosto de 2025
Como ortopedista de ombro e cotovelo , professor livre-docente da FMUSP e pesquisador de ombro e cotovelo , tenho acompanhado de perto o aumento da prática da escalada indoor , especialmente na modalidade boulder . Essa atividade exige movimentos rápidos, explosivos e muitas vezes repetitivos acima da cabeça, o que naturalmente leva a uma sobrecarga das articulações do ombro , cotovelo e mão. No artigo que publicamos em colaboração com colegas e alunos de pós-graduação, buscamos entender melhor quais são as lesões mais comuns entre escaladores e quais fatores contribuem para seu aparecimento. Para isso, realizamos um estudo com 35 praticantes da modalidade, que responderam a um questionário detalhado e passaram por avaliações presenciais com ortopedistas certificados. Identificamos uma prevalência relevante de lesões no ombro (25,7%) e nas polias dos dedos (22,9%). Além disso, demonstramos uma associação estatisticamente significativa entre movimentos dinâmicos de escalada — como os saltos ou “dinâmicos” — e a presença de sinais de instabilidade anterior do ombro. Embora a escalada seja um esporte que envolve o uso dos membros superiores acima da cabeça, nossas observações sugerem que o tipo de sobrecarga imposta ao ombro é diferente daquela observada em esportes de arremesso, como o vôlei ou o beisebol, indicando uma fisiopatologia distinta que merece ser mais bem estudada. Esse trabalho reforça a importância de estratégias de prevenção, educação e treinamento específico para quem pratica o boulder indoor com frequência. Se você é praticante de escalada e tem sentido dor no ombro, sensação de instabilidade ou desconforto ao realizar movimentos rápidos e dinâmicos, pode ser o momento de procurar um ortopedista de ombro e cotovelo para uma avaliação adequada. Realizo consultas presenciais e também por telemedicina , inclusive oferecendo segunda opinião em casos de indicação cirúrgica. Para ler o artigo completo e entender os detalhes do estudo, clique no link abaixo. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39429319/ Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.
Por Eduardo Malavolta 8 de agosto de 2025
Como ortopedista de ombro e cotovelo , com foco em artroscopia do ombro , ensino e pesquisa na FMUSP, participo de estudos que ajudam a entender e melhorar o tratamento de lesões do manguito rotador , uma das principais causas de dor no ombro . Neste artigo científico, publicado em parceria com colegas e alunos de pós-graduação, avaliamos fatores que podem prever a cicatrização (ou não) após a cirurgia de reparo do manguito rotador . A pesquisa analisou 176 pacientes operados por artroscopia do ombro entre 2013 e 2022. Utilizamos ressonância magnética no pós-operatório para verificar se o tendão cicatrizou, e correlacionamos com dados clínicos e características das lesões. Observamos que homens, fumantes, pacientes com lesão total do tendão infraespinal ou instabilidade da cabeça longa do bíceps têm maior risco de recidiva da lesão. Por outro lado, lesões traumáticas têm mais chance de cicatrização. Mesmo entre os que não tiveram cicatrização completa, a maioria apresentou melhora clínica significativa, mas quem teve boa cicatrização evoluiu melhor. Esses achados ajudam o especialista ombro e cotovelo a identificar riscos e orientar melhor os pacientes desde a primeira consulta, inclusive no planejamento da reabilitação e na decisão sobre o momento ideal da cirurgia. Se você sente dor crônica, fraqueza ou limitação para levantar o braço, pode estar com lesão do manguito rotador . Nesses casos, é importante procurar um ortopedista ombro e cotovelo para diagnóstico, exames e definição do melhor tratamento. Atendo em consultas presenciais e por telemedicina , inclusive oferecendo segunda opinião cirúrgica . Clique no link abaixo para ler o artigo completo e entender os detalhes da pesquisa. Convido você a clicar no link do artigo para uma análise mais detalhada dos resultados e suas implicações práticas. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39310580/  Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.