A Ruptura do Subescapular Associada a uma Ruptura Posterossuperior do Manguito Rotador Afeta os Resultados Funcionais Pós-Operatórios?
Como professor com foco em pesquisa científica e especialista em ombro e cotovelo, apresento o artigo intitulado "Does a subscapularis tear combined with a posterosuperior rotator cuff tear affect postoperative functional outcomes?". Neste estudo, investigamos a importância clínica do músculo subescapular em pacientes submetidos a reparo artroscópico de lesões do manguito rotador.
Embora o subescapular seja biomecanicamente crucial para a função do
ombro, há uma lacuna na literatura sobre seus efeitos em resultados clínicos quando comparados a reparos isolados de lesões posterosuperiores.
O objetivo do nosso estudo foi comparar os resultados funcionais em pacientes que passaram por reparo isolado de lesões posterosuperiores do
manguito rotador e aqueles que tiveram lesões combinadas que incluíam o subescapular. Realizamos uma análise retrospectiva de pacientes que se submeteram a reparo artroscópico de lesões de espessura total do manguito rotador
entre janeiro de 2013 e maio de 2017. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um grupo com reparo isolado das lesões posterosuperiores e outro com reparo das lesões combinadas envolvendo o músculo subescapular.
Os resultados principais foram avaliados por meio das escalas American Shoulder and Elbow Surgeons (ASES) e University of California, Los Angeles (UCLA) após 24 meses do procedimento. Ao total, avaliamos 326 pacientes, sendo 194 com reparos isolados posterosuperiores e 132 com reparos que incluíam o subescapular. Ambos os grupos demonstraram melhorias significativas após a cirurgia (P < 0,001). Os resultados da escala ASES ao final de 24 meses mostraram que não houve diferença significativa entre os grupos, com o grupo sem reparo no subescapular apresentando uma mediana de 90,0 (intervalo interquartil [IQR], 24,8) e o grupo com reparo no subescapular com uma mediana de 86,3 (IQR, 33,2), com P = 0,426. Da mesma forma, os resultados na escala UCLA também não mostraram diferenças significativas, com medianas de 33,0 (IQR, 6,0) e 32,5 (IQR, 8,8), respectivamente (P = 0,190). Além disso, a avaliação funcional pré-operatória também não apresentou diferenças significativas entre os grupos.
Em conclusão, os resultados funcionais aos 24 meses não diferiram entre pacientes que sofreram reparo isolado de lesões posterosuperiores e aqueles com reparo de lesões combinadas que envolveram o subescapular, de acordo com as escalas ASES e UCLA. Para pacientes que apresentam problemas relacionados ao
manguito rotador
ou
instabilidade do ombro, é essencial consultar um
ortopedista
especialista em ombro e cotovelo para um diagnóstico preciso e orientações de tratamento adequadas. Estou à disposição para oferecer consultas e avaliações, incluindo serviços de telemedicina para que você possa obter uma
segunda opinião cirúrgica. Convido você a clicar no
link do
artigo
para se aprofundar nos detalhes desta pesquisa e entender melhor os resultados encontrados.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33190753/
Prof. Dr. Eduardo Malavolta, Referência no ensino e pesquisa em Ombro e Cotovelo.